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Fusão entre Azul e Gol: o que isso significa para os passageiros brasileiros

A Azul Linhas Aéreas e o Grupo Abra, que controla a Gol e a Avianca, deram um passo importante para se fundirem. Esse movimento, oficializado com a assinatura de um memorando de entendimento, busca unir forças para enfrentar desafios no mercado aéreo, mas mantendo as marcas e operações separadas.

Por que essa fusão está acontecendo?

A pandemia de COVID-19 deixou um impacto financeiro significativo no setor aéreo. Tanto a Azul quanto a Gol enfrentam altos custos operacionais e problemas financeiros:

  • Gol: está em recuperação judicial nos EUA desde 2024.
  • Azul: renegocia dívidas e busca novos financiamentos.

Com a fusão, as empresas querem estabilizar o mercado, aproveitar melhor suas rotas e oferecer mais opções de destinos, tanto no Brasil quanto no exterior.

Como vai funcionar a nova empresa?

Embora unidas, as marcas Azul e Gol continuarão operando separadamente. O novo grupo será comandado pelo atual CEO da Azul, John Rodgerson, e terá um conselho de administração compartilhado, com representantes das duas empresas e membros independentes.

O que muda para os passageiros?

A fusão traz benefícios, mas também levanta preocupações.

Mais destinos e conexões

  • Ponto positivo: as rotas das duas empresas são complementares em 90%, o que deve facilitar conexões e ampliar destinos.
    • Exemplo: rotas que antes precisavam de várias conexões podem ficar mais diretas.
  • Impacto regional: cidades menores, atendidas pela Azul, podem ter mais opções de voos graças à integração.

Preços e concorrência

  • Preocupação: a nova empresa terá cerca de 60% do mercado doméstico, reduzindo a concorrência com a Latam. Isso pode levar a passagens mais caras, principalmente em rotas onde Azul e Gol já dominam.
  • O governo promete monitorar os preços. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a fusão não deve prejudicar os valores das passagens.

Programas de fidelidade

  • Boa notícia: a união dos programas Smiles (Gol) e TudoAzul (Azul) pode beneficiar passageiros frequentes, ampliando opções de resgate e benefícios.
  • Atenção: durante a transição, podem ocorrer ajustes e pequenos problemas com migração de contas e benefícios.

Qualidade do serviço

  • Oportunidade: com mais recursos, a nova empresa pode melhorar serviços, renovar a frota e aumentar a frequência de voos.
  • Risco: se o foco for apenas cortar custos, isso pode impactar o atendimento ao cliente.

Desafios regulatórios

Antes de a fusão ser concluída, ela precisa ser aprovada por órgãos como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esses órgãos vão avaliar se a união não vai prejudicar os consumidores.

Quando começa a fusão?

A operação conjunta deve começar em 2026, depois que a Gol concluir sua recuperação judicial nos EUA e as aprovações regulatórias forem finalizadas. Até lá, as empresas vão trabalhar na integração das operações.

O que esperar?

A fusão entre Azul e Gol promete mais conectividade e estabilidade no mercado aéreo. No entanto, questões como preços, concorrência e qualidade do serviço precisam de atenção. Os consumidores podem se beneficiar com mais opções de destinos e um programa de fidelidade unificado, mas devem ficar atentos aos efeitos no custo das passagens.

Para garantir que a fusão seja positiva, o papel dos reguladores será essencial, assim como a transparência das empresas durante esse processo de transformação.

Escrito por Rodrigo Araújo, Gestor de Marketing e Vendas da Digital Comunicação

Referências

Rodrigo Araújo
Com mais de 15 anos de experiência em marketing e publicidade, atualmente é Gestor de Marketing Digital na Agência Digital. Liderou grandes estratégias na Pague Menos (+de 1400 lojas no Brasil) e Atack Atacarejo (Terceiro maior varejo alimentar do Amazonas). Reconhecido como Melhor Vendedor de Inbound Marketing no Brasil, possui ampla expertise em gestão de equipes e campanhas estratégicas, tendo gerado mais de R$ 2 milhões em vendas recorrentes.
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